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O Significado do 02 de Copas: Simbolismo Mágicko-Alquímico

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02 de Copas (Rider Waite-Smith classic)

O 02 de Copas ficou atrelado, exclusivamente, à ideia de união, parcerias, associações ou vinculações, predominantemente no âmbito afetivo. Há tantos aspectos importantes nesta lâmina, que não deveríamos desprezá-los. Primeiro, como ideia de casal (que não está atrelado à heteroafetividade, já que as coroas na cabeça das figuras estão trocadas – normalmente a de louros para homens, de flores para mulheres); as vestimenta fazem menção ao fogo e à água e mesmo à prata e ao ouro, na alquimia. O caduceu que os integra faz o papel do Mercúrio Filosofal, como agente intermediário na opus alquímica. Ao fundo temos colinas, com a mesma casinha que encontramos na lâmina do 10 de Copas, representando o êxito e coroação do arcano.

Destaco alguns pontos importantes envolvendo a lâmina:

De acordo com a “Chave para Tudo, vol. 2: Mistérios Ocidentais”, de David Hulse, isso é um simbolismo alquímico… o casamento do fogo e da água. Leão é Fogo e Escorpião (em sua forma de águia) é água. O homem veste vermelho, a mulher, azul. Esta é uma representação da Grande obra. Como uma Unidade, o Leão/Águia representa o Ar (o que você obtém quando combina o fogo e a água) e o “homúnculo alquímico ou alma descendente que paira sobre cada instância da relação sexual na esperança de ter um veículo para entrar neste mundo” ( Hulse). Além disso, “O caduceu entrelaçado com duas cobras também é um sinal do elemento Ar, mas neste caso é o Mercúrio alquímico que une o calor ígneo do Enxofre com os Cristais refrescantes do Sal”.

Na tradição da Golden Dawn, a cabeça do leão alado é o emblema do Rei de Paus (Príncipe da Carruagem de Fogo).

Descrição do Rei de Paus no Liber T da Golden Dawn:

Emblema de um manuscrito alquímico alemão, Fidelis Werner, 1794 (união do ouro e prata sobre a substância morta ou mortificatio).

“Uma figura real com uma coroa dourada alada, sentado em uma carruagem. Ele tem grandes asas brancas. Uma roda de sua carruagem é mostrada. Ele usa corselete e coturnos de armadura de escamas decoradas com uma cabeça de leão alada, cujo símbolo também supera sua coroa. Sua carruagem é puxada por um leão. Seus braços estão nus, exceto pelas ombreiras do espartilho. Ele carrega uma tocha ou Bastão de Fogo, semelhante ao do Aprendiz Adeptus. Abaixo da carruagem há chamas, onduladas e salientes.”

Um outro aspecto a ser levado em consideração é que a cabeça de leão faz menção à divindade persa Zurvan: é o deus do tempo (e espaço) infinito e é também conhecido como a divindade ( o “um”, o “único”) da matéria. Zurvã é o pai dos dois opostos que representam o bom deus Aúra-Masda e o mal Arimã. Zurvã é considerado como um deus neutro, sem sexo e paixão, é aquele para quem não há distinção entre bom ou o mau. Zurvã é também o deus do destino, a luz e a escuridão, uma versão normalizada da palavra, que em persa médio aparece à vezes como Zurvã, Zeruvã ou Zarvã. O nome deriva do persa médio avéstico zruvan-, “tempo” ou “velhice”.

Prancha de “As Doze Chaves da Filosofia (Alquimia)” de Basílio Valentim (Eros fazendo com que o fogo e a água se unam);

Noutra análise, a referência é ao deus persa Mitra, de natureza solar. É uma divindade da sabedoria, dos contratos e da guerra na mitologia indo-ariana da Índia, Pérsia e Anatólia. O nome Mitra (proto-indo-iraniano : *mitrás) é o nome de uma divindade indo-iraniana da qual derivam os nomes e algumas características de Rigvédico Mitrá e Avestá Mithra.

Pela tradição mística cristã, o leão alado é o símbolo de São Marcos e Veneza.

O 02 de Copas é o encontro dos opostos para geração de uma terceira substância. Simboliza a integração e identificação do que há em comum, do ato de comungar para alcançar a singularidade.

Fonte: https://www.tarotforum.net/…/rws-winged-lions-head-in…/

Prancha de “As Doze Chaves da Filosofia (Alquimia)” de Basílio Valentim (reações alquímicas ao Mercúrio Filosofal);
Detalhe do Mercúrio Filosofal da prancha de “As Doze Chaves da Filosofia (Alquimia)” de Basílio Valentim;
Zurvan, a divindade persa.
Giancarlo Kind Schmid
Giancarlo Kind Schmid
Vivendo em meio aos livros desde criança na biblioteca de meu pai, despertei interesse logo cedo por Literatura e História. Aos onze anos, comecei a me identificar com História Antiga, mais precisamente Egiptologia e afins. O primeiro contato com o mundo esotérico surgiu das pesquisas feitas com Piramidologia e estudos sobre energia cósmica.

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