Por volta do ano de 1796, o alemão Alois (ou Aloys) Senefelder desenvolve uma técnica denominada litografia (ou litogravura). Essa técnica consistia numa impressão baseada no fenômeno físico-químico da repulsão entre a água e os materiais mais gordurosos, já que não podem se misturar. A imagem era desenhada em uma pedras (pedra litográfica) ou numa placa metálica (zinco, por exemplo). Para fazer esse desenho empregava-se uma substância oleosa. Depois de terminado, realizava-se fixação com ácido nítrico dissolvido em água-forte e goma arábica. O ácido nítrico abria os poros da pedra, permitindo que esta absorvesse a gordura, enquanto a goma arábica realizava a tarefa básica de fixação. Desse modo, obtinha-se uma superfície com algumas áreas cobertas por uma película que não dissolvia. A imagem fixada atraía a tinta oleosa e rpelia a água, motivo pelo qual, quando a pedra era umedecida com um esponja e se passava sobre ela um rolo impregnado de tinta oleosa de impressão, a tinta aderia no desenho e não no restante da pedra molhada. O processo era complexo e exigia equipe muito preparada para tal feito. Muitos baralhos comuns foram feitos a partir dessa técnica e somente alguns de Tarot. A impressão era normalmente o preto sobre o branco, mas com uma grande riqueza de detalhes. Por volta do século XVIII eram oferecidos cursos de litografia e a era da xilografia parecia que começava a terminar. Com o advento da imprensa, os rumos da arte do Tarot mudaram por completo. Para se Ter uma pequena idéia do salto que ocorreu, no século XV só havia 3 fabricantes oficiais de Tarot (Itália, Alemanha e Bélgica); no século XVI, 8 fabricantes (mais a França); no século XVII, 11 fabricantes e no século XVIII, o incrível número de 196 !!!! Um salto e tanto !

Tarô de Pierre Madenié (1709)
Tarô de Jean Pierre Payen (1713)
Tarô de François Heri (1718)
Tarô de Claude Tomasset (1731)
Tarô de Grimaud (1748)
Tarô de Cloude Burdel (1751)
Tarô de Bernard Schayer (1784) entre tantos

Século XVIII