Esse é um tarô ímpar em sua criação, composição artística e simbologia. O baralho reúne a grande tríade religiosa oriental: judaísmo, cristianismo e islamismo. Além disso, faz uma ponte com a cabala, astrologia e numerologia. Seu criador armênio, o Dr. Emil Áminollah Kazanlár (1939-2021), filósofo, escritor e artista plástico, dedicou-se ao esoterismo nos anos 80, iniciando a pintura do tarô em 1988 até 1994.
Originalmente pintadas em placas de madeira de 70×50 cm, sua arte expressa fundamentalmente traços persas/islâmicos e muito da cultura sufi; mas, esbarra na simbologia egípcia com seus traços únicos e hieróglifos, arte visual hindu clássica, budismo, em alguns momentos até em elementos bizantinos. O fato é que esse tarô ganhou visibilidade em Budapeste (Hungria), local onde residiu Kazanlár, cuja exposição fez muito sucesso, chamando a atenção de editoras como a belga AGM-Urania para transformá-lo num baralho de papel. As imagens são emolduradas com trechos do Alcorão, como forma de afastar o mal, e o autor criou uma técnica única de leitura com as cartas que perdurou por mais de 30 anos. Agrega trechos de contos sufis e húngaros famosos.
Mais informações: https://kazanlartarot.com/