Simbolismo da Cegonha no Rider-Waite-Smith

A ave retratada na carta 17, “A Estrela”, trata-se de uma cegonha. Ave presente no imaginário antigo e medieval, presente em mitos, contos e fábulas, ganhou grande valor simbólico e iconográfico no âmbito sacro e profano. Anunciadora de boas novas, ave migratória que retorna na primavera europeia, associada à chegada de crianças e proteção do lar. Em associação com o arcano 17, sua cor branca se vincula à pureza e o fato de devorar serpentes, se associa ao combate do mal.

A cegonha é uma ave que representa bom augúrio, é símbolo de fertilidade e nascimento, e piedade filial. No Oriente, a cegonha é símbolo de imortalidade e longevidade.

A relação entre a cegonha e crença de que são as cegonhas e a fertilidade e nascimento, vem da crença de que são as cegonhas que trazem os bebês devido à sua natureza migratória e monogâmica, correspondendo o seu regresso ao despertar da natureza. Há outras crenças que atribuem à cegonha o poder de causar a concepção.

Há a crença também de que um bebê concebido com amor, era gerado na noite das cegonhas, ou a noite de abril.

Por ser destruidora de serpentes, a cegonha é considerada uma ave adversária do mal, anti-satânica, simbolizando Cristo. A postura da cegonha apoiada somente em uma pata, assim como o flamingo, evoca o simbolismo da contemplação e da concentração.

A cegonha é também símbolo de longevidade porque a ela é atribuída uma faculdade de viver muitos anos. Acredita-se que a cegonha possa viver até os 600 anos em plena forma, quando deixa de comer, passando apenas a beber, e vai ficando preta e seca até morrer por volta dos 2 mil anos.

A cegonha também simboliza a piedade filial e familiar, pois acredita-se que as cegonhas alimentem os seus pais já envelhecidos. Além disso, as cegonhas são animais devotos aos seus filhotes, são monogâmicos e dedicados á família.

Fonte: https://www.dicionariodesimbolos.com.br/cegonha/

Giancarlo Kind Schmid (oraculista, psicanalista, simbologista e professor)