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Michael Jackson e o Valete de Copas

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Michael Jackson
1984 MJJ Productions Inc.

O astro maior da música pop Michael Jackson nos deixou no dia 25 de junho aos 50 anos, legando-nos um histórico artístico extremamente bem sucedido, escândalos, bizarrices e mistérios. Vendeu-se, no mundo, mais CDs e DVDs em um dia após sua morte do que em 11 anos de carreira, além de souvenires e nunca se escutou tanto suas melodias bem como o
do grupo que o lançou (Jackson 05). Não bastasse o mistério que cerca sua morte e lendas advindas daí, nos quatro cantos do planeta é feita a mesma pergunta: “o que levou um astro tão novo a falecer?” – são muitas as especulações, desde o abuso de medicamentos sedativos até mesmo falha no atendimento médico. De praxe, personagens importantes artísticos sempre tem seu início e fim de vida cercados de muitos questionamentos, que o diga Elvis Presley, John Lennon, Jimi Hendrix, Jim Morrison e outros.
Olhando os noticiários e aprofundando minhas leituras na biografia do ícone pop, acabei criando algumas correlações simbólicas com o tarô, em especial com um Arcano Menor: o Valete de Copas. Simbolicamente, os Valetes (ou Pajens, ou ainda Princesas no Toth Tarot) reforçam a imagem pueril, da inocência original e do comportamento lúdico. As Figuras da Corte normalmente podem vir a representar comportamentos ou personificações, posturas assumidas, raros os casos que evocam situações específicas. A primeira coisa que me chama a atenção é que em inglês o termo “Valete” é “Jack”, a primeira correspondência sincrônica possível gerada a partir do sobrenome da família (Jackson) que, vinda do subúrbio pobre americano, lançou-se através de um concurso de talentos numa escola local levando-os a estourar em todo os EUA anos depois. Os cinco jovens poderiam representar bem os 04 Valetes, mas não ouso realizar associações por desconhecer a história de vida de cada um. No caso de Michael, o caçula, o sucesso veio aos 06 anos, época importante para o desenvolvimento psicológico e transição da primeira infância. É sabido que além da pressão da mídia e gravadoras, o guri Michael precisou renunciar seu lado criança para cumprir um papel responsável de adulto, penalidade essa que lhe custou diversas cobranças e violências paternas, tornando o simpático e cantarolante garotinho numa personagem retraída, complexada e vexada. Isso culminaria anos mais tarde numa personalidade carente e contraditória que, ao mesmo tempo permitia-se apresentar-se como ousado cantor e exímio dançarino, mas que na intimidade fugia de tudo e de todos.
A primeira coisa que me vem à cabeça é a natureza do Valete de Copas, que basicamente é movida pela imaginação e fantasia (e a representação do puer aeternus ou eterna criança). Michael se via como uma espécie de “Peter Pan” (o garoto que não queria

Tarot Waite

crescer), pois psicologicamente teimava em resgatar sua infância roubada, envolvendo-se com projetos mirabolantes e excêntricos (como o Rancho “Neverland”, ou “Terra do Nunca”, com um zoológico, parque de diversões e um enorme playground), além da constante necessidade de manter crianças ao seu lado, o que lhe custou a fama de pedófilo e desvirtuador de menores. A ingenuidade não lhe permitia ver a malícia do mundo, pois Michael havia parado no tempo, ficado mentalmente preso lá nos seus 06 ou 07 anos de idade.
A grande dificuldade do Valete de Copas é separar o ilusório do real. No Rider Waite, a figura apresenta-se como um jovem delicado, com jeito afeminado, um ser quase andrógino. Portando a copa ou taça, da qual pula um peixe (que dentre os vários significados, a relação com a água – elemento associado ao naipe, e comumente relacionado ao sacrifício espiritual). Michael parece incorporar tais aspectos de forma sutil, pois de negro mancebo, transformou-se ao longo dos anos em um pálido indivíduo de nariz afilado e boca riscada, cabelos escorridos, cuja aparência confundia-se em masculinidade e feminilidade. A transformação foi tamanha que Michael tornou-se uma espécie de espectro fantasmagórico de si mesmo, assombrando inclusive seus filhos que precisavam usar máscaras para sair de um lugar a outro (não seria a máscara recurso útil para o próprio Michael?). Dizem que foi o
vitiligo que levou-o a embranquecer uniformemente, mas há muitas especulações em torno do assunto. O Valete de Copas incorpora a sensibilidade e doçura, o jovem garoto que brinca com seu peixe, mesmo que imaginativamente. É sabido que Michael tinha um chimpanzé que acompanhava-o em todos os lugares, talvez uma das suas transferências afetivas, uma necessidade instintiva de proteger um ser frágil e inocente, assim como o era quando iniciou carreira. Michael passava parte de seu tempo investindo seus recursos em prazeres lúdicos próprios das crianças (doces, brincadeiras, jogos, festas, etc.) como forma de compensação. A própria figura do artista aguça o imaginário coletivo. Líder de vendas de LPs, CDs e DVDs, Michael com certeza continuará a simbolizar o jovem que se rebela em vão contra o mundo (a citar o disco “Bad”) e , na tentativa de resgatar sua infância precocemente roubada e sua liberdade cerceada. Partindo tão cedo, fica a imagem (ainda jovem) do extraordinário músico e dançarino que revolucionou os meios musicais e que encantou, pelo menos, duas gerações.

Giancarlo Kind Schmid
Giancarlo Kind Schmid
Vivendo em meio aos livros desde criança na biblioteca de meu pai, despertei interesse logo cedo por Literatura e História. Aos onze anos, comecei a me identificar com História Antiga, mais precisamente Egiptologia e afins. O primeiro contato com o mundo esotérico surgiu das pesquisas feitas com Piramidologia e estudos sobre energia cósmica.

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