No último dia 20 de março, com o Sol a 0º de Áries, tivemos o Equinócio da Primavera, no hemistério norte, e o Equinócio do Outono, no hemisfério Sul.
O ano novo astrológico inicia com uma tensão muito grande nos céus, com a humanidade vivendo o medo e a angústia frente a incerteza diante de um vírus que rapidamente se espalhou trazendo mortes e terror. A combinação de planetas em Capricórnio (Marte, Júpiter, Plutão e Saturno) simbolizam o evento pandêmico retratado pelo isolamento social, restrições, preservação, economia de recursos, mexendo principalmente com os mais velhos e/ou suscetíveis fisicamente, uma característica de Saturno. O que esperar desse marco simbólico? Uma profunda revisão de valores e posturas, sejam individuais, sejam coletivas.
A humanidade está confrontando hábitos: o excesso de foco em “terra” (6 planetas em signos do elemento) reflete na economia, no trabalho, nas disciplinas e na segurança. O centro está na saúde, mas por incrível que pareça, o tema não é “fim”, mas meio para o coletivo repensar condições.
Vivemos em meio ao excesso de materialismo, o círculo vicioso do “trabalhar-comprar-consumir-pagar”, levando as relações se transformarem em moeda de troca, jogos de interesses, o amor é mera caricatura, e as convivências se tornaram frias e mecânicas. De repente, todos são obrigados a se relacionar diretamente em casa, conversar, parar suas funções, protegerem uns aos outros. Netuno em Peixes é o único instrumentista dessa orquestra a sugerir que a humanização é o caminho para a imunidade planetária. Netuno em Peixes é o amor “ágape”, incondicional, o contraste frente a ameaça física e estrutural, é o mar batendo contra as rochas das falésias. Nesse momento a pergunta enunciada por Urano e Vênus em Touro é: “quanto vale a nossa vida?”.
O ano novo astrológico traz a reflexão sobre as crises perante o vírus (Saturno-Plutão), e nos remete às verdadeiras doenças sociais: egoísmo, insensibilidade, individualismo, distanciamento emocional, materialismo, desamor. Onde pretendemos chegar? A carta do Symbolon “O Rei Doente” revela que mesmo os mais poderosos serão vencidos por um elemento aparentemente insignificante, invisível a olho nu, mas altamente ameaçador. A ordem é subvertida e as estruturas quebradas. Nesse momento todos correm risco, independente de cargo ou poder que ocupam.
No tarô, o arcano 13 simboliza a “peste” e sugere que a morte chega para todos, mais cedo ou mais tarde. Esse vírus é a oportunidade da humanidade matar o excesso de individualismo e enxergar o amor como única saída possível para o futuro. A combinação nos céus sugere que não há dinheiro no mundo que compre nossa paz e nosso amor, perante o desconhecido e o que é incontrolável.
2020 é um novo ponto de partida, uma nova chance de nos corrigirmos. Muitas vidas serão ceifadas e ações revistas. A economia sentirá, a vida profissional se transformará, as convivências se reajustarão. Onde só há poder, materialidade e falta de amor, é onde o cerco se fechará. Olhe agora, para dentro de si mesmo, e se pergunte: “eu amo o que sou ou o que tenho?”; “eu amo o próximo ou apenas o que ele me oferece?”. Conscientização é o maior remédio nesse momento. Pense em si, no próximo, em todos. Lembre-se que é um vírus, agente minúsculo, mexendo com a Roda de Samsara.
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Queria saber tudo sobre minha vida no passado e no futuro
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