Um novo rumo começou a acontecer em relação à criação das lâminas por volta do século XVII, quando a Europa vivia a forte influência da cultura cigana. Os ciganos, ligados ao colorido forte (encontrado principalmente em suas vestimentas), determinaram a evolução artística do Tarot: as lâminas começaram a ganhar tons mais alegres e menos sombrios. Nessa época a proliferação dos métodos advinhatórios, lançaram o Tarot longe e consequentemente, começou a despertar na mente dos artistas, muita imaginação. Acredita-se que por volta do final desse século é que tenha surgido o Tarot de Marselha. A técnica utilizada é a xilografia (desde o século XV) e nesse período o avanço gráfico foi primordial (o que influenciou Gutenberg, com a criação da imprensa). O Tarot de Marselha possui traços inconfundíveis (que influenciaram outros artistas), erros nas perspectivas
(pois as figuras eram entalhadas na madeira ao contrário e o artista se perdia), possuindo nomes, números, compondo um grupo de 78 Arcanos (clássicos) e tendo maior profusão de cores. Infelizmente, pela forte influência política francesa, o Tarô de Marselha perdeu sua estrutura original de cores e adquiriu na maior parte de seus detalhes, as cores da bandeira francesa.
Tarô de Jacques Vieleville – Biblioteca Nacional da França, Paris
Tarô Jean Noblet – Biblioteca Nacional da França, Paris
Tarô Parisiense – Biblioteca Nacional da França, Paris
Tarô de François Chasson – Biblioteca Nacional da França, Paris
Tarô de Marselha – Museu da Cidade de Marselha, Marselha