Ainda podemos encontrar nos alfarrábios, outro antigo baralho de Tarot: o Visconti-Sforzi, ricamente ilustrado, feito também artesanalmente por Bonifácio Bembo, em fundo ouro, prata e vermelho, adquirido pelo Duque de Milão, Fillipo Maria Visconti, por volta de 1450 (Cremona/Itália), na ocasião do enlace matrimonial de sua filha, Bianca Maria Visconti com Francesco Sforza, aproximando a disposição original dos 78 Arcanos. O baralho está dividido pelo mundo: uma parte na Biblioteca Piermont de Nova Iorque e outra parte entre colecionadores. A arte comporta no baralho é inconfudivelmente medieval, lembrando o estilo das iluminuras dos livros sagrados da época.
No princípio do século XV, começa a ser empregada uma técnica que viria a revolucionar as demais: a máscara, que consistia em padrões ou moldes perfurados e entalhados. Acredita-se que esse processo deu origem à xilografia, técnica que permitia gravar a partir de um bloco de madeira, funcionando como um carimbo. Todo esse “pulo tecnológico” surgiu da necessidade de não mais os artesãos se exporem a compostos químicos de suas tintas (que matava muitos por processo cancerígeno), bem como as doenças respiratórias provocadas pelo mofo do papel e os ferimentos causados pelas ferramentas rústicas que utilizavam para cortar o papel e que, volta e meia, levava também um dedo (dentre outros problemas como cegueira, lesões por esforço repetitivo, etc). As lâminas não possuíam nomes ou numerações.
Tarô de Visconti-Sforzi – Biblioteca Pierpont Morgan, Nova Iorque
Tarô de Gringouner – Biblioteca Nacional da França, Paris
Cartas de Guidhall – Galeria Guidhall, Londres
Cartas de Rothschild – Museu do Louvre, Paris
Cartas de Tarocchi – Biblioteca Nac. Torino, Torino
Cartas de Correr – Museu Correr, Veneza