Dando um pulo no passado, descobriremos curiosidades em relação às criações do famoso baralho. Com a escassez de recursos, todo trabalho executado era uma verdadeira obra de artesão. Reportamo-nos ao ano de 1392, na França. Um modesto artesão de nome Jacquemin Gringonneur, desenha a pedido do Rei Carlos I, o mais antigo Tarot que se tem preservado. Todo trabalho manualmente desenvolvido, com folhas de ouro, tintas apropriadamente preparadas, estilo inconfundível, fez do Tarot de Gringonneur uma peça valiosíssima, que pode ser encontrada ainda hoje no Museu da Biblioteca Municipal de Paris, restando apenas 17 Arcanos. Apesar de não conter nomes e números, as lâminas realmente pertencem a um baralho de Tarot. Todo trabalho foi feito meticulosamente, com o capricho digno de um rei. Podemos pensar que só os nobres tinham acesso a tal trabalho, já que todo processo de confecção o encarecia muito.
Durante o período do século XIV, os artesãos de cartas não compunham um grupo expressivo, sendo eles contratados na sua maioria por nobres para a encomenda de obras artísticas, dando-os a única alternativa de se unir a outros grupos maiores. No período final do mesmo século, já havia uma significativa mudança nas criações dos baralhos, utilizando-se colagem e corte do papel mais aperfeiçoado, aumento das combinações de cores, durabilidade das lâminas, etc.